Estamos passando por momentos de
turbulência no cenário nacional, a principal exigência popular é o combate a
corrupção, dois assuntos são reflexos desse desejo popular, a reforma política
e a transparência pública, mesmo a passos lentos estão caminhando para um
futuro melhor no sentido da participação popular.
Mesmo vendo nos noticiários os
desmandos e desrespeito a população, com uma reforma política manipulada por
políticos de carreira, preocupados com o próprio umbigo e com o uso inadequado
das ferramentas de transparência pelos órgãos públicos.
Onde fanfarrões brincam com as
exigências da lei como se nunca fossem pegos, estamos mais exigentes, não pense
senhores políticos e politiqueiros que o povo não está vendo suas manobras,
cada um terá que pagar sua conta, uma hora ou outra.
No entanto, vejo uma importante
ação que vem se fortalecendo dia após dia, mas, nesse instante ainda invisível
a grande massa e aos gigantes do poder, essa ação é a organização inteligente
da sociedade organizada ou não rumo ao desenvolvimento sustentável.
Tudo acontece dentro do ambiente local,
ou seja, dentro do município, assim quando a comunidade interage o resultado é
espetacular, podemos ver exemplos disso, na falta d’água
em São Paulo, criando alternativas inovadoras que são compartilhadas.
Na mudança do comportamento do
motorista no transito também em São Paulo que está mais solícito e empático
devido ao caos urbano, onde ajudar é se ajudar.
Nas manifestações populares na
rua, ou nas greves de classe que recebe outras classes simpáticas ao problema.
Mas, como atuo com um projeto de
Desenvolvimento que tem como base a
Implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, Lei 123/2006
e Revisada pela 147/2014, em que como ponto culminante foi traçado a participação
da comunidade por intermédio dos líderes locais para a criação dentro do
ambiente local de um Plano de Desenvolvimento Municipal conduzido por um Comitê
Gestor.
Os resultados começam a aparecer
e vão da Abertura de uma feira para Pequenos negócios no campo e na cidade como
a aprovação de leis para regular estratégia desenvolvimentista e sustentável no
ambiente local.
A união dos líderes normalmente
se faz com a presença de Representantes de Instituições que atuam de forma
direta na economia local, como Gestores Municipais, Gestores de Órgãos
Estaduais, Federais, Representantes de Classes de Atividade Econômica como Produtores Rurais, Empresários, Barqueiros, Barraqueiros, Moto Taxistas, Bancos
etc...
Os ganhos são extraordinários, o
primeiro é a diminuição da distância e melhoria da capacidade de comunicação
entre esses líderes e instituições, que na maioria das vezes realizam ações
isoladamente que se completam, mas
esquecem de comunicar-se, um exemplo prático é o caso de uma secretaria
municipal que cuidava de um viveiro estando prestes a fechar por falta de
assistência técnica, sendo que essa assistência estava disponível por um órgão de
extensão rural do estado gratuitamente, no entanto as entidades não se comunicavam,
quando criamos o Comitê Gestor da Lei Geral elas passaram a se ajudar e o
viveiro foi mantido, nascendo dai novos projetos.
O Plano de Desenvolvimento gera
ações imediatas, de curto, de médio e de Longo Prazo, o Plano pertence a comunidade,
ele não está preso aos 04 anos de uma gestão, ele transpassa esse limite, da
mesma forma que não se prende a cor partidária ou entidade que possa tomar
posse dele.
Isso já está acontecendo e é realidade
em diversos pequenos municípios do País, caminho irreversível para a comunidade
tomar em suas mãos o seu destino, assim, dentro em breve essas comunidades vão
ter o poder de interferir diretamente nas leis e nas decisões dos seus líderes,
valorizando o interesse coletivo e não o
individual.
Eu Sou Alberto Belluzzo, Consultor do Sebrae/TO e Sócio Proprietário da Engenharia Empresarial, atuo pelo Sebrae em 14 municípios tocantinenses com Consultoria voltada para o Desenvolvimento Local, e também com Consultoria Empresarial na área de Planejamento e Estratégias para Empresas Públicas e Privadas.