Sem deixar que a paixão pelo
futebol me conduza apesar da minha corinthianidade, comecei a analisar um pouco
mais a trajetória vitoriosa do atual campeão mundial e o quanto essa experiência
pode servir como modelo na gestão de empresas, afinal todo bom exemplo pode e
deve ser seguido:
Revisão de Valores – Em 2007 o Corinthians era rebaixado para a
segunda divisão, o time passava por uma fase muito difícil, a antiga direção do
clube sofreu inclusive investigação policial, a nova gestão implanta uma
gestão profissional e defini metas.
Inovação e risco calculado – Em 2008 o Corinthians era campeão
Brasileiro da Segunda Divisão, enchendo estágios e mexendo com o torcedor, com
uma jogada de marketing audaciosa, contrata Ronaldo (Fenômeno), desacreditado por
muitos no Brasil; com um grande trabalho de imagem e excelentes resultados em campo
o time consegue em 2009 os títulos de Campeão Paulista e Copa do Brasil se
classificando para a Libertadores.
Foco e quebra de paradigmas – Após um período vitorioso em campo e
na gestão principalmente no Marketing, o Corinthians tropeça no Tolima (Time do
Equador) e desperdiça mais uma vez a chance de ganhar a tão sonhada Libertadores,
no entanto, mesmo sofrendo grande pressão a direção do clube decidiu manter o Técnico
Tite, quebrando um habito comum entre os clubes brasileiros de demitir o
técnico como solução do problema, mais do que isso o então diretor Sanches
declara que o time não devia desanimar com a desclassificação, mas disputar
continuamente o torneio e assim inevitavelmente irá conquistá-lo.
Definição clara dos objetivos – O Corinthians conquista em 2011 o
campeonato Brasileiro e ganha o direito de disputar novamente a Libertadores, o
elenco é reforçado, o técnico mantido e alguns jogadores que podiam ser
vendidos, como o meio campista Paulinho que é um dos destaques do time e que
recebeu propostas de grande vulto, são convencidos a ficar no time objetivando
metas maiores.
Missão e Visão – Para quem olha de fora fica claro a definição da
missão da equipe Corinthiana, cada jogador confiava no todo, do colega ao lado à direção; a torcida não cobrava, pois via a garra em cada jogada mesmo que o
time saísse derrotado, todos queriam não apenas ganhar a Libertadores, mas serem
maior do que os desafios propostos, o limite não era a Libertadores. O
Corinthians queria claramente ser o melhor do mundo, da Direção ao Torcedor, todos acreditavam que isso seria possível.
Indicadores
de Resultados – O Corinthians conquista em 2012 a Libertadores da America
invicto enfrentando grandes campeões e em Dezembro se consagra Bicampeão do
Mundo, batendo o Chelsea no Japão, no entanto, os indicadores do Corinthians eram os números do Barcelona, não apenas
os resultados em Campo, mas principalmente fora dele. Em entrevista à imprensa, o presidente Mario Gobbi afirma que a leitura de cabeceira da direção, é o livro
que narra a gestão do Barcelona.
Liderança – Não podemos deixar de comentar a forma com o Técnico
Tite conduziu a equipe do Corinthians, um elenco sem grandes estrelas, mas que
parece se multiplicar em campo como se cada jogador soubesse o que o outro está
pensando, além de ter domínio sobre o grupo, sendo respeitado por todos.
Com certeza existem outras lições
nesta conquista do Corinthians que eu não mencionei que podem ser aplicadas na
gestão das empresas, devemos sempre estar atentos e dispostos a aprender para
que possamos nos superar.
Sucesso!
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